Look: Garfield Del Rey

17 de dezembro de 2013
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Essa sou eu explorando novos lugares da casa pra fotografar o look do dia! A composição de hoje é uma mistura que normalmente eu não faria. Como tenho bastante quadril (diz minha mãe que passei na fila três vezes), evitava usar peças coladas na parte de baixo. Por mais que todo mundo diga que é bonito-sexy-mulherão, até outro dia, eu simplesmente não conseguia me sentir bem com looks assim.

Que dia foi esse? Tá vai, eu conto. No intercâmbio pra Brighton uma amiga comprou uma calça legging estampada na Primark. Eu tinha visto e gostado do modelo na loja (e do valor também), mas não levei nem pro provador porque imaginei que ficaria vulgar demais em mim. Uma 42 girl. Quando vi no corpo dela, que também tem bastante quadril, achei lindo e resolvi voltar lá pra experimentar. E não é que eu gostei muito? Naquele momento percebi o quão besta eu era por deixar de usar minhas peças e tendências preferidas. Foi oficialmente o fim do velho trauma de usar estampas (e leggings).

Não é fácil assumir o nosso corpo. A genética não é amiguinha de todos os seres que habitam esse planeta, ou seja, nem todo mundo emagrece ou engorda com a mesma facilidade que você. Para falar a verdade algumas pessoas nem se importam tanto assim com isso. Já parou pra pensar que elas podem priorizar coisas diferentes? Quem somos nós pra julgar, não é mesmo? Pelas minhas poucas horas dentro de uma academia eu diria que é tão difícil ter um corpo de Panicat quanto estudar pro Enem.

Minha mãe sempre me ensinou que conhecimento é a única coisa que ninguém tira da gente. É verdade. Também aprendi que é importante comer frutas e verduras e ter uma vida saudável. Terminei o ensino médio, fiz um curso técnico de Informática Industrial e troco fácil hambúrguer por caesars salad. Arnaldo, por que diabos as pessoas continuam dizendo que eu preciso ir à academia e perder peso?

(x) porque elas são chatas e estão entediadas.

36 pra você pode ser o tamanho perfeito da calça jeans. Tudo bem. Às vezes pra mim também é. Mas não o tempo todo. 36 pode ser a página do livro que tô escrevendo. O número do hostel que quero ficar na minha próxima viagem. 36 também pode ser a temperatura do Rio nesse exato momento. 36 e-mails não lidos na caixa de entrada. 36 coisas pra fazer antes do final do dia. 36 é último número do telefone aqui de casa.

Por favor, não me ligue. Mande e-mail.

Nem sempre quero que a roupa me deixe aparentemente magra e com a cintura fininha, dá licença? O que eu valorizo mesmo é o meu conforto bem estar. Não sei porque as pessoas complicam tanto uma coisa que é tão simples: moda é forma de expressão. Se você não acha legal o que eu uso, tudo bem, eu não preciso que você goste. Nem do meu look, nem de mim. Gasta o tempo que tá sobrando aí indo no Correio e pegando um cartinha. Adotando um cachorrinho ou gatinho de rua. Escutando músicas legais. Lendo sobre política. Conversando com a Dora. Assistindo palestras do TED. Compartilhando publicações do BuzzFeed no Facebook. Convidando seus amigos pra assistir um filme legal no Cinema. Discutindo quem é a diva do Pop. Assistindo esse Gif até o final.

Brigada eu.

meow-or-never

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