você está lendo Viagem: hostel, dinheiro e passagem para Buenos Aires

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Depois de viajar pelo Brasil pra divulgar e lançar meu último livro, resolvi que era hora de tirar férias e conhecer algum lugar novo. É muito legal ver um projeto que você se dedicou por tanto tempo dar certo, sabe? Mas eu estava mentalmente exausta e nada me deixa mais empolgada e revigorada do que planejar uma viagem. Como a Paula é minha companheira oficial de embarque, não pensei duas vezes antes de convidá-la para essa missão.

Escolhemos Buenos Aires porque é um destino relativamente barato que nós ainda não conhecíamos. Vários amigos já foram pra lá e disseram que é uma cidade incrível – pra descansar, ter um final de semana romântico com o namorado ou curtir a noite com os amigos. Confesso que até uma semana antes de viajar eu sabia muito pouco sobre a Argentina. Não rolava aquele amor platônico que cultivamos pela Europa, sabe? A verdade é que eu sabia muito o que esperar e acho que justamente por isso eu me surpreendi e gostei tanto dos dias que passei no país.

Não falo nada de espanhol e todas as referências da língua que tenho são da novela Rebelde (hehe), mas ó, isso não foi problema em momento algum. Eles entendem bastante o portunhol e ao contrário do que muita gente me disse antes do embarque, não se irritaram com os nossos possíveis erros. Aliás, conversamos justamente sobre isso com alguns amigos que moram lá. As pessoas adoram contar suas experiências negativas com os nativos de outros países, mas isso nunca rolou comigo. Nem em Paris, nem em Londres ou nos Estados Unidos.

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Quando não tenho total propriedade na língua do país que estou visitando (no caso todos até hoje muhuha), tento deixar claro da forma mais simpática possível que sou turista. Como normalmente estou solicitando um serviço ou comprando alguma coisa e isso envolve grana, eles fazem o possível e impossível para entender. De qualquer forma, é sempre recomendado levar um daqueles dicionários de viagem com as frases mais comuns e usadas. Nunca passei por situações de emergência (tipo ficar muito doente e precisar de hospital ou me perder e estar totalmente sem grana), mas é bom estar prevenida, né?

  • Passagens 

Compramos as passagens no Submarino Viagens dois meses antes da data. No total (ida e volta das duas), paguei R$ 1473,29. É óbvio que esse valor pode variar muito de acordo com a época do ano. Gostei muito de ter ido em outubro, viu? O clima estava agradável, a cidade tranquila e o aeroporto relativamente vazio. Muitas meninas no facebook e instagram acharam estranho eu tirar férias em outubro, mas como meu trabalho não segue um calendário convencional, só consegui arrumar tempo mês passado.

  • Hostel 

Já que eu estava na correria dos lançamentos, Paula ficou responsável pelo roteiro e hospedagem (confesso que sou um total desastre com localização e organização). Ela pesquisou no nosso amigo ~gugou~ e chegou até o site Entre Libros Hotel & Hostel (a decoração dele é inspirada na literatura Argentina). Pagamos 360 pesos em quarto com cama de casal e banheiro. Também tínhamos internet, café da manhã e limpeza diária. O lugar fica em San Telmo e é perto do metrô, então apesar de ser bem simples, pelo valor, compensou bastante ficar lá. Os rapazes da recepção foram bastante simpáticos e ainda reservaram o táxi pra gente na chegada.

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Durante uma das noites rolou balada no prédio ao lado e como sou uma (quase) pedra dormi sem problemas, mas a Paula ficou bem brava porque segundo ela o barulho estava muuuuito alto e só pararam por volta das oito da manhã. Não chegamos a reclamar, talvez isso nem aconteça sempre, mas achei importante avisar aqui no post.

Da próxima vez que eu for pra Buenos Aires gostaria muito de ficar em Palermo. É o bairro que com as melhores lojas, praças e restaurantes. Com toda certeza é um pouco mais caro, mas como eu já conheço a maioria dos pontos turísticos seria uma viagem pra descansar. Como disse nesse post, já é o meu lugar preferido na cidade.

  • Dinheiro

Não tem como dizer o quanto você deve levar pra uma viagem, né? Depende do que você quer fazer, onde quer comer e o que pretende comprar. Por exemplo, eu levei 650 reais em dinheiro vivo e troquei em uma casa da câmbio lá em Palermo mesmo (Calle Cordoba, 1080). No banco do aeroporto eles estavam pagando só 1,60 e já nesse lugar, conseguimos 3,60. Dizem que dá pra conseguir por mais na rua Florida, mas eu não recomendo pois li em vários blogs que isso pode ser muito arriscado (dinheiro falso ou assalto). Ah, e eu acabei passando algumas coisas no cartão de crédito no final da viagem. Não sei o valor exato que vão converter o real, mas certamente é menor que 3,60. Deveria ter levado mais grana viva, já que lá é impossível de sacar (em real).

No próximo post vou falar sobre os restaurantes, lojas e listar todos os pontos turísticos que conheci. Os vlogs com os melhores momentos e compras na viagem logo devem ficar prontos também. \o/