você está lendo Resenha: “A Graça da Coisa”, de Martha Medeiros

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Que a Bruna não veja isso: este é o primeiro livro da Martha Medeiros que leio. Haha. Pois é, posso parecer uma completa estranha para vocês, eu sei, porque quase todo mundo que conheço já leu algum título da escritora e amou! Dia desses, não sei muito bem o porquê, passei numa livraria e, quando vi, tinha comprado este livro que aparece na foto. Oba!

Resultado? Passei uma tarde inteirinha devorando cada página, como se não houvesse amanhã! Quer saber um pouquinho mais sobre “A Graça da Coisa”? Então é só continuar lendo esta resenha!

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O livro é de 2013 e a edição que li foi publicada pela Editora L&PM. Ela não tem orelhinhas para marcar a página e confesso que senti um pouco de falta disso, porque acho prático marcar pelas orelhas. Mas, por outro lado, sei também que muitos de vocês de-tes-tam deixar as orelhas do livro gordinhas e, por isso, optam pelo marcador. Este tipo de edição lembra bastante aquelas versões em formato pocket, mas só por conta da capa e da ausência de orelhas, mesmo. O tamanho do livro é normal e as folhas não são fininhas.

As páginas são amareladas e a diagramação é bem boa. Achei a capa um tantinho genérica, mas, de certa forma, ela passa um pouco da simplicidade que a obra traz, com suas oitenta e uma crônicas (!) ao longo das 127 páginas. Livro pequeno ou grande? Depende da sua opinião pessoal, mas eu o consideraria ótimo para quem não tem muita paciência com leituras super longas.

Bom, chega de falar dos aspectos físicos da obra. Vamos partir para a leitura!

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Como falei no começo do post, ainda não estava muito familiarizada com a escrita da Martha. Já na primeira crônica do livro, “Barulhos Urbanos”, percebi o que estava por vir: sua linguagem é leve e despretensiosa, sem se alongar muito nos assuntos e também sem se prender a descrições demoradas, o que faz com que a gente vá de um texto a outro em poucos minutos. Isso deixa o livro dinâmico. Achei a leitura indicada para viagens ou momentos de sala de espera, por exemplo.

Martha escreve sobre tudo e até a falta de tema pode virar uma pauta bacana. O livro fala de relações humanas, amores, laços familiares, perdas e vitórias e também aborda alguns filmes e livros, traçando paralelos e levantando questões pertinentes. Tudo isso é feito de uma forma muito natural e sentimos que estamos em uma conversa com a escritora, o que traz um aconchego quentinho em certos momentos, ou nos deixa com aquela “pulguinha” atrás da orelha em outros.

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Tentei encontrar um ponto em comum em todas as crônicas, tão diversas e plurais – e o que percebi é que, geralmente, a escritora junta um fato de seu cotidiano a uma comparação inesperada e consegue, nisso, fazer uma análise mais profunda de algum devaneio, e nos convida com graciosidade a entrar nesta viagem. A aventura pelas palavras, enfim, dá cor até para coisas nas quais jamais veríamos brilho.

Deve ser essa, finalmente, a tal da graça da coisa!

Tenho certeza de que algumas frases ficarão gravadas na minha memória! Concluindo: gostei demais e finalmente entendi porque todo mundo ama tanto a Martha. Já fiz a minha carteirinha de sócia deste clube e mal vejo a hora de ler mais um livro dela!

Curtiu a resenha? Se quiser comprar o livro, é só clicar aqui. Vamos continuar conversando sobre “A Graça da Coisa” e outras obras da Martha Medeiros? Comenta aí! \o/