você está lendo Sobre um livro que nos faz ganhar tempo

Pensa num livro que foi unanimidade por aqui? A Bru comprou o “A Book That Takes Its Time” ainda quando morava em San Francisco, até falou dele aqui no blog, e desde então a gente ficou louca pra ler também. Quando ela chegou com ele em Atibaia a gente até leu algumas páginas mas logo percebemos que esse é um tipo de livro para cada uma ter o seu e guardar pra sempre. Calma, já vamos explicar o motivo!

A gente precisa começar falando do design maravilhoso desse livro. Sim, ele é simplesmente espetacular! Começa pela capa dura que é uma das coisas mais maravilhosas que a gente já viu e se arrasta por cada detalhe de suas páginas: sempre muito bem ilustradas, com tipografias variadas e que combinam perfeitamente bem. É, sem dúvidas, aquela obra que a gente guarda com orgulho na prateleira – ou melhor, faz questão de deixar para fora e enfeitar o ambiente também. É de encher os olhos.

O livro foi escrito por duas diretoras criativas da revista britânica Flow, Irene Smit e Astrid Van Der Hulst, e fala muito a respeito de uma vida mais lenta num estilo bem revista, mesmo, sabe? Os capítulos são matérias, misturando vivências pessoais, pesquisas e relatos de especialistas para embasar os assuntos e alguns outros exemplos de casos – trazendo sempre próximo ao leitor como ele pode aplicar cada detalhe do que está sendo escrito, em sua vida.

O termo slow hoje em dia está sendo cada vez mais usado, a gente sabe, e não é a toa. A gente se acostumou a viver aceleradamente: passar o dia pensando no próximo instante, consumir com uma agilidade que nunca antes se viu, ter sempre em mente o nosso próximo passo até que, bem, muitos de nós sacaram que esse não é exatamente o caminho. As pausas são mais do que necessárias.

O livro, assim, percorre um trajeto muito interessante para nos despertar essa vontade de valorizar o tempo como ele deve ser valorizado.

Assim como falamos lá em cima, ele é muito interativo. São vários espaços para listas pessoais, mini diários, cards para escrevermos sobre momentos bons e muitas outras coisas que nos fazem colocar a cabeça para pensar e deixar ali o nosso próprio lado do que está sendo colocado em tema. Além de parar pra ler, a gente inevitavelmente também para para refletir e colocar para fora o que sentimos, tentar coisas novas (como receitas e até aventuras pelo lettering – atividades que sevem perfeitamente bem para esvaziar a cabeça e que ganham lindos capítulos), reparar e registrar os detalhes que nos cercam.

Tem uma parte muito interessante que nos estimula a fazer uma linha do tempo pessoal: nos faz pensar o que vivemos até agora pensando de dez a vinte momentos que mais nos marcaram: as melhores horas, as piores e os encontros mais inspiracionais que tivemos. Depois disso ele pede uma reflexão a cerca de cada um deles, traz um tipo de caminho desenhado para anotarmos organizadamente isso tudo neste percurso no papel, perceber padrões, quais partes da nossa personalidade foi expressada ali, reconhecer armadilhas e, então, usar esse conhecimento para finalmente, olhar para o futuro. Como podemos criar mais dos melhores momentos nos anos que virão? É uma reflexão interessante, assim como todas as outras que encontramos em todas as 210 páginas.

É um livro que muda, definitivamente, a sua relação com o tempo. Precioso, ele nos faz desestressar um pouco da correria que estamos tão acostumadas e ao mesmo tempo faz tudo ganhar um gostinho ainda melhor de ser vivido.

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