você está lendo Mudando o rumo da própria história

ninguem-olhando

Para superar de verdade nossos problemas precisamos nos reinventar. Mergulhar dentro dos próprios pensamentos e encontrar uma pontinha de esperança que nos faça querer seguir em frente e parar de chamar tanta atenção para algo que no final das contas é só nosso. Algo que, sendo totalmente sincera, estamos é tentando nos livrar faz um certo tempo. É mais fácil quando temos alguém por perto, pra ouvir umas boas verdades e ter companhia no final de semana, ocupar o tempo ocioso e dar gargalhadas despretensiosas, mas também, se for o caso, garanto pra vocês, não é impossível de se fazer sozinho.

Pode parecer meio mórbido, mas em dias assim, gosto de lembrar de alguns dos meus piores momentos. Escuto músicas, vejo fotos, converso com velhos amigos ou simplesmente escrevo. Tipo agora.

Não é sobre se esconder atrás de antigas mágoas. É sobre usá-las como referencial. Às vezes a gente simplesmente se esquece que houveram outros dias ruins, sabe? Amadurecer tem um pouco a ver com usar experiências passadas para não cometer novos erros, por isso, tudo bem desenterrar o passado só pra ter certeza de que a raiz é forte e que esse vento uma hora ou outra vai passar. As estações mudam, independente do lugar do mundo que você está.

Hoje, quando olho pra trás, percebo que ninguém nesse mundo me conhece mais do que eu mesma. Ou seja, posso ter saído com diversos caras ou feito e desfeito ótimas amizades, mas continuo sendo quem mais lidou com esses malditos medos, inseguranças e manias.

Eles são meus. Eles são eu.

Na primeira vez que eu achei que fosse morrer de tristeza meu corpo todo doía muito. Foi pior do que qualquer resfriado. Pior do que ficar de castigo sem internet ou tirar a casquinha do machucado no joelho sem querer. Na primeira vez que me disseram adeus eu quase fui junto, mas aí eu fui ficando. E o quase membro do meu corpo virou um desconhecido e de vez em quando a gente até se cruza na rua. Eu não sinto nada e isso me deixa feliz pois significa que se não der certo, depois de um tempo, será sempre assim.

Quanto tempo mesmo?

A verdade é que a vida da gente é curta demais para deixarmos que a transformem num tribunal e fiquem julgando o que é ou não apropriado. Agir de acordo com as expectativas alheias o tempo todo é mais ou menos como não fazer nada. E se for para não fazer nada, convenhamos, é melhor ficar no sofá o final de semana inteiro assistindo sua série preferida e comendo besteiras, concorda?

Terminei a terceira temporada de “Lie To Me” ontem.