você está lendo Wishlist Literária de julho

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01. “Sou Toda Errada” de Tammy Luciano (comprar)

Jovem, linda e rica, Mila tem orgulho da sua vida fácil e faz questão de aproveitá-la ao máximo. Entre festas, namoros e voltas no shopping, seu estilo de vida é igual ao de qualquer patricinha da zona sul – até que conhece Neco, e com ele, o amor. Os dois vivem uma paixão conturbada, um namoro marcado por loucuras, brigas e ciúme doentio. Mas quando ela menos espera, sua alma gêmea diz adeus, dando fim à relação. Pela primeira vez, Mila se vê sozinha, sufocada pelas memórias do namoro. Faculdade, amigos e cartões de crédito já não lhe trazem mais alegria, nem expulsam por um segundo o ex da sua mente. Agora, Mila é obrigada a encarar o vazio da própria existência fútil. Transtornada, ela se entrega num ritmo alucinante a festas, ao álcool e ao sexo inconsequente, tentando aliviar a dor. Obcecada pelo ex, se envolve numa espiral de confusões, mentiras e manipulações, tudo para obrigá-lo a voltar. Será que ela vai conseguir?

02. “O Novo Mundo de Muriel” de Liliane Prata (comprar)

Muriel é uma garota de 16 anos que, um dia, quando vai ao banheiro, acaba num outro mundo: as aldeias de Landim. Landim é um mundo bem diferente, regido por leis distintas e inexplicáveis. A reação de Muriel vai mudando ao longo dos anos, refletindo sobre a convivência com diferentes culturas e sobre o mundo. Paralelamente a isso, há a busca pelas respostas do porquê de ela estar lá e a tentativa de ela voltar para casa. Qual seria de fato o novo mundo de Muriel? E quais seriam os reais limites entre realidade e fantasia?

03. Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios de Marçal Aquino (comprar)

No momento em que narra os fatos de “Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios”, o fotógrafo Cauby está convalescendo de um trauma numa pensão barata, numa cidade do Pará que algum tempo antes fora palco de uma corrida do ouro. Sua voz é impregnada da experiência de quem aprendeu todas as regras de sobrevivência no submundo – mas não é do ambiente hostil ao seu redor que ele está falando. O motivo de sua descida ao inferno é Lavínia, a misteriosa e sedutora mulher de Ernani, um pastor evangélico. A trajetória do fotógrafo, dado a premonições e a um humor desencantado, vai sendo explicada por meio de pistas: a história de Chang, morto num escândalo de pedofilia; o mistério de Viktor Laurence, jornalista local que prepara uma vingança silenciosa; a vida de Ernani, que no passado tirou Lavínia das ruas e das drogas. Mesmo diante de todos os riscos, Cauby decide cumprir seu destino com o fatalismo dos personagens trágicos. “Nunca acreditei no diabo”, diz ele, “apenas em pessoas seduzidas pelo mal.”
04. “Quem e Você, Alasca?” de John Green (comprar)

Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras — e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez. Quem é você, Alasca? narra de forma brilhante o impacto indelével que uma vida pode ter sobre outra. Este livro incrível marca a chegada de John Green como uma voz importante na ficção contemporânea.

05. “Dentes guardados” de Daniel Galera

A começar pelo título, tirado de Hilda Hilst, Dentes guardados estabelece diálogos com a tradição literária, mas cada uma das 14 histórias é atravessada por referências ao cotidiano de jovens intelectualizados e saudavelmente insatisfeitos com a vida. Isso se manifesta, é claro, em situações, mas principalmente no bom ouvido de Galera para registrar o coloquial sem descuidar da forma. Seus personagens são facilmente reconhecíveis, mas não decalcam a vida: são, por tudo isso, solidamente literários. Em seus melhores momentos, Dentes guardados retoma, sem redundância, os conflitos da masculinidade na ressaca do ‘liberou geral’. Já que pode tudo, o que realmente se quer?”

06. “Extremamente Alto & Incrivelmente Perto” de Jonathan Safran (comprar)

Nunca é possível reconhecer o último momento de felicidade que antecede uma tragédia. Seja ela o ataque às torres do World Trade Center, seja o cruel bombardeio aliado sobre Dresden, que arrasou a cidade e a população civil da histórica cidade alemã na Segunda Guerra Mundial. Portanto, dificilmente há tempo de verbalizar o amor que se sente pelas pessoas próximas que, por um golpe do destino, tornam-se distantes. Esta constatação e os dois acontecimentos históricos guiam “Extremamente Alto & Incrivelmente Perto”.

07. “Alta Fidelidade” de Nick Hornby (comprar)

Uma história sobre monogamia, relações amorosas, solidão e sensibilidade masculina, temperada por música pop, ironia e bom humor. Assim é o romance de estréia de Nick Hornby, Alta fidelidade. Em Londres, após ser abandonado por Laura Lydon, sua última namorada, Rob Fleming, dono de uma loja semifalida de discos de vinil, faz um balanço das cinco piores separações da sua vida: Alison, Penny, Jackie, Charlie e Sarah. Laura, uma advogada bem-sucedida e atraente, ficou fora da lista por não ter provocado muito sofrimento; além disso, ela o trocou por Ian, um vizinho que ouvia discos horríveis. Rob busca consolo com os balconistas de sua loja, Bary e Dick, com quem mantém conversas tipicamente masculinas sobre outras listas, dos melhores filmes – entre eles Cães de aluguel – aos melhores episódios do seriado Cheers, passando, naturalmente, pelas melhores músicas. Rob tenta sair com – uma cantora americana, Marie, mas o caso não dá certo. Ele volta a encontrar Laura e decide reconquistá-la. No meio do processo, no entanto, começa a fazer uma reflexão sobre a vida aos 35 anos, as lições que ela traz e todos os compromissos e desilusões que ela implica. Narrado na primeira pessoa por Rob – um alter-ego de Nick? – Alta fidelidade é um romance de geração. Por trás do auto-retrato de um perdedor, surge uma análise fascinante da desorientação afetiva deste final de milênio, da busca pela felicidade – e pela fidelidade – a qualquer preço.

08. “Monstros Invisíveis” de Chuck Palahniuk de (comprar)

Shannon é uma modelo que parece ter tudo na vida: beleza, fama, um namorado e uma amiga leal. Mas quando um inesperado acidente de viação a deixa desfigurada e incapaz de falar, ela deixa de ser o centro das atenções para passar a ser o monstro invisível, de cuja existência ninguém quer saber. Ninguém… a não ser Brandy Alexander, um transsexual a um passo de se tornar uma verdadeira mulher. Brandy oferece-lhe, então, a oportunidade de encontrar um novo destino, apagando o passado. Depois de sequestrarem Manus, o namorado de Shannon, as duas fazem-se à estrada numa viagem alucinante e desenfreada. Tudo para que Shannon se possa vingar de Evie, a sua ex-melhor amiga que não hesitou em seduzir Manus. Em Monstros Invisíveis, Palahniuk sacode e agita, uma vez mais, a nossa consciência apresentando um relato hilariante e imprevisível.

09. “Só Garotos” de Patti Smith (comprar)

Crescida numa família modesta de Nova Jersey, Patti trabalhou em uma fábrica e entregou seu primeiro filho para adoção, antes de se mandar para Nova York, com vinte anos, um livro de Rimbaud na mala e nada no bolso. Era o final dos anos 1960, e Patti teve de se virar como pôde: morou nas ruas de Manhattan, dividiu comida com um mendigo, trabalhou e dormiu em livrarias e até roubou os colegas de trabalho, enquanto conhecia boa parte dos aspirantes a artistas que partilhavam a atmosfera contestadora do famoso “verão do amor”. Foi então que conheceu o rapaz de cachos bastos que seria sua primeira grande paixão: o futuro fotógrafo Robert Mapplethorpe, para quem Patti prometeu escrever este livro, antes que ele morresse de AIDS, em 1989.

ps: valeu pelas indicações, Ari!