você está lendo Entre os legais e os bonitinhos

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Dia desses um carinha que eu gostei há algum tempo apareceu no meu facebook. Não qualquer carinha. O que me fez criar o blog. Veio me dando parabéns pelas conquistas, segundo ele, com a melhor das intenções. Não duvido. Achei a situação engraçada e comentei no twitter. É óbvio que as meninas vasculharam cada publicação para encontrar quem era o tal rapaz. E acharam, curtiram a publicação dele, o adicionaram, viram todas as fotos e tudo o que qualquer outra pessoa que acompanha minha vida por aqui faria. Pois bem, algumas delas vieram comentar comigo depois, questionando meu gosto.

De fato, ele não era um príncipe encantado. Não parecia ator de série americana. Também não era popular no colégio ou tinha dois mil amigos no facebook. Era, um carinha. Não o meu carinha, mas um rapaz gente boa que me deixou triste por não querer nada comigo e depois, sem saber, me fez tomar a melhor decisão da minha vida: criar um blog. Mas isso é assunto para outro texto. O foco de hoje é outro. Vamos falar de gosto.

Os bonitinhos não me atraem. E eu garanto que não estou sendo hipócrita ao dizer isso. É óbvio que acho o Ian Somerhalder um gato, mas na vida real, na minha vida, costuma ser diferente. Meu principal critério para gostar de alguém, pera, não tenho um critério definido. É química. Pá. Uma conversa, um olhar, uma atitude, o momento, tudo conta. Mas o que o que mais pesa, definitivamente, não é a aparência. Nunca foi. Talvez, para mim, até atrapalhe um pouco. Quando o cara é muito bonito fico achando que o flerte é interesse. Não em mim, mas no que construi. Tenho pavor de gente interesseira.

Admiração, respeito, bom humor, perfume marcante, sorriso charmoso e arrepios. Gosto de homens sensíveis, que me transmitem confiança. Não só com palavras, tá? Estamos falando de atitudes. Faz toda diferença. Tá bom, vai, admito, já gostei de uns meninos que me faziam sentir a garota-mulher mais madura do mundo.

Que fase.

Ah, por quantas delas eu passei. Já fui a babaca e também a otária.

Perspectivas diferentes fazem você entender que não existe um príncipe encantado como nos contos de fadas. Existem motivos, escolhas e consequências. Então, quem aparenta ser perfeito o tempo todo é, na real, alguém que provavelmente vive de ostentação. Saiam das redes sociais por um tempo, por favor. Que preguiça, que preguiça.

Pera, onde estávamos? Ah sim, no meu “mau” gosto.

Não ligo se ele tem ou não barba. Se usa xadrez ou camisa polo. Escuta rock ou sertanejo. Tem carro ou anda de metrô. Se é mais velho ou bem mais novo. Isso, queridas leitoras, aprendi com o tempo e umas decepções aí, são detalhes.

Acho que nem existe uma regra. Pelo menos não quando sua vida amorosa deixa de ser um reflexo das séries e filmes que você assiste. Beleza é algo tão relativo. E passageiro. Principalmente se a ideia for realmente engatar em um relacionamento sério e não impressionar suas amigas.  Quando você tá triste só a beleza não te faz sorrir. Não mesmo.

Por isso, entre os legais e os bonitinhos, fico com a primeira opção.