você está lendo Felicidade controlada


Quando a sexta-feira chega a escola parece ter a duração duplicada de horas. Enfim o fim de semana, tão esperado. E quando ele vem acompanhado de um feriado prolongado, o martírio de esperar o último sinal tocar quase que consome toda essa euforia de esperar a hora de pernas para o ar pelo menos cinco dias. A vontade de sair de casa é tão grande que a gente nem desarruma a mochila de sexta-feira quando chegamos em casa. A noite cai, as amigas começam a ligar e a carona chega: enfim, festa! E é aqui que o complemento dessa felicidade entra em cena: a bebida alcoólica. Por que ficamos tão felizes quando bebemos cerveja, vodca ou vinho? O cérebro age na produção de hormônios de bem-estar, como por exemplo a serotonina e ocitocina, em iguais proporções obrigatoriamente; e a combinação desses mediadores químicos provocam a liberação de outro hormônio, as endorfinas. Você provavelmente já ouviu falar de algum desses, responsáveis pela nossa felicidade de fim de semana. Obviamente nós não pensamos nisso quando começamos a enxergar triplos e quádruplos das coisas à nossa frente. O álcool já está em ação. Em decorrência de toda essa felicidade, vontade de dançar, pular, gritar e querer mais e mais nos sentirmos bem, algo silencioso chega até nós, sem pedir licença: as drogas. É muito, mas muito comum, estarmos felizes da vida numa festa com nossos amigos e, de repente, alguém oferecer alguma coisa para nós. O cara é normalmente insistente, e algumas pessoas facilmente influenciáveis acabam cedendo. Ao cederem caem na armadilha. E nós sabemos bem o final dessas histórias. É justamente nessas situações de bem-estar que, tendo a vontade de estarmos melhor ainda, podemos ser negativamente influenciados a fazer esse tipo de coisa. Se você for sair hoje, lembre-se disso. Divertir-se por uma noite sem levar o fado de um vício pelo resto da vida é o new black. Não faça pra aparecer, para mostrar pro ex que você está por cima, pra provar-se fã do Bob Marley. Não perca sua personalidade por conta de uma coisa que aparenta fazer bem, e verdadeiramente não faz.