Queria muito te encontrar

21 de fevereiro de 2017
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amor

Foto: Reprodução

Sinto saudade. Mas sinto saudade com um sorriso no rosto, o que acaba sendo meio estranho para quem vê. Afinal, é uma garota sorrindo e olhando para o nada.

Às vezes a gente se lembra de alguém e fica meio para baixo, sabendo que a separação jamais será algo feliz. Os suspiros, então, tornam-se cansados. Esta é uma situação que a gente quer muito mudar, mas tem vezes que não conseguimos. É por isso que dizem que saudade dói.

Eu concordo, acontece assim comigo também – mas não todas as vezes. De vez em quando, a saudade me faz sorrir: eu consigo encontrar motivos para o meu contentamento mesmo quando ele nasce de uma flor melancólica, daquelas que fazem a saudade brotar.

Não estou rindo porque me sinto bem, mas, de certa forma, consigo transformar a minha saudade em algo bom. Quando me lembro de nós dois juntos, vivencio de novo alguns momentos e situações que enfrentamos. Passo por cada mania sua e revivo sensações, como se tivessem acontecido há pouco – agorinha mesmo. Me dá um frio na barriga sem igual, como se você fosse subir aquelas escadas neste mesmo instante para me encontrar, e me sinto prestes a te ver de novo e aproveitar a sua companhia.

Toda essa misturinha revira as coisas aqui dentro, fico bagunçada. Só que a distância é maior do que tudo isso – e por mais que eu tenha o desejo de estar com você agora, não dá. E aí restam duas opções: lamentar ou o me contentar.

Eu decidi abraçar a segunda, porque o sofrimento nunca foi a opção mais fácil para mim. Na sua falta, fico apenas com as nossas lembranças e o arrepio bom que elas trazem para que o meu dia, curiosamente, seja mais feliz.