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Foto: Reprodução/Tumblr

Mudar é legal. Não que seja fácil, tranquilo ou algo simples de ser feito – aliás, longe disso. Mas sempre que a gente pensa em solucionar um problema, a mudança nos parece favorável, afinal, nos tira da estaca zero e ajuda a reformar aquela realidade que não nos dá contentamento.

Mas, às vezes, aceitar também é um primeiro passo.

E este tipo de aceitação é completamente diferente de suportar todo o peso do mundo nas costas ou continuar a se submeter a uma situação que não te faz feliz. Nestes casos, a mudança é realmente a opção necessária – sem pensar duas vezes.

Só que, em alguns momentos, a aceitação deve vir de dentro e te fazer compreender que há coisas que exigem esforço e paciência seus.

Quer um exemplo? Precisamos aceitar que algumas pessoas não mudam. Que a gente pode fazer o possível para conduzi-las pelo melhor caminho, mas elas possuem o livre arbítrio para trilhá-lo ou não.

Temos que aceitar que somos como somos. É claro que há liberdade e podemos mudar e perseguir o que é melhor para nós. Mas compreender nossos pequenos detalhes pode ser prazeroso – faça isso antes de sair reformando cada espacinho. Vale a pena tentar.

Quando parecer mais fácil fugir de sua realidade, lembre que os problemas sempre aparecerão. Se der certo de inventar uma realidade paralela, em que tudo é diferente, ótimo, mas, uma hora, a gente vai ter que abrir a porta e voltar a encarar os monstros que ficaram escondidos no armário. Não é melhor deixá-la aberta, chamá-los pelo nome e resolver suas pendências com cada um de uma vez por todas?

Comece pelo acolhimento das circunstâncias – compre, com responsabilidade, que cabe a você lidar com o que está ao seu redor. A aceitação não é dócil, mas é uma escolha que, ao seu jeito, também semeia transformação.

Aceitar não é se enganar, resignar, conformar, agir passivamente, estagnar ou paralisar novos impulsos. Pode ser, pelo contrário, o amadurecimento necessário que tal situação trará para te fazer compreender o mundo em que vive e, aí sim, refletir sobre o que faremos a seguir. Porque você sabe: depois desta, sempre haverão muitas e muitas escolhas a serem feitas.