Amor ainda mais leve

12 de julho de 2016
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Foto: lesleemitchell

É tão bom ter alguém ao meu lado.

A minha cabeça está sempre em constante movimento. Surgem dúvidas sobre os meus passos, sobre meu ontem e, por todos os ângulos, por todos os lados – sobre tudo. É até um pouco caótico parar para pensar em cada pendência em aberto que tenho para cuidar – e a verdade é que parece que, quanto mais cresço, mais tenho o que fazer.

As responsabilidades acumulam. Aquilo que não aprendi no passado e a preguiça com relação a certas obrigações acabam voltando tudo de uma vez. Parece que nada é simples. 

Cada pequeno ato tem uma consequência ali na frente, ou daqui a pouco. O mundo é uma balança eficiente, decidida a revelar o número no mostrador e, ao passo que você coloca as coisas ali em cima, elas simplesmente pesam. Acumular uma na outra, então, nem pensar: a carga é dobrada. Fica ainda mais difícil de lidar.

Tudo isso ao mesmo tempo, sem nenhuma pausa, só para mostrar que, sim, este é o preço de ser gente grande.

Quando paro pra pensar, tento com todas as forças descansar os ombros e respirar fundo, afinal, talvez tenha que ser assim mesmo.

É claro que já sei disso tudo e não é a simples lembrança deste conhecimento que me faz respirar aliviada. Mas é que se sentir confortada conta bastante, sabe? Aconchega e também dá um empurrãozinho: vai, estou aqui torcendo por você.

E quer saber? Este alívio, não por acaso, tem nome e sobrenome. Muito mais do que somente um break no meio da rotina corrida, é o sentimento preenchendo a alma, o carinho necessário no final da semana, as palavras de incentivo que fazem o coração pulsar mais forte e um pouco de certeza de que tudo vai ficar bem. 

Com uma companhia tão incrível não há como não enxergar a vida de maneira triste. Só de olhar naqueles olhos já sinto o meu melhor voltar a aflorar. Deve ser coisa que a química explica, ou, se não explicar, talvez forças mágicas possam fazê-lo porque, agora, o peito já se encheu de esperança.

É verdade. Do lado dele eu consigo tirar aquela mochila carregada dos ombros e me permitir voltar a flutuar.

Não foi à toa que disseram que o amor nos deixa ainda mais leves.