você está lendo Luta é tatuagem, não sai com água
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Luta é para sempre. É por todos. É pelos umbigos dos outros, e não só pelos nossos.

Luta-se para viver, vencer, trabalhar, comer, rezar, amar, ser. Luta-se por uma rua, um bairro, uma cidade, um estado, um país, um continente, um planeta.

Luta-se pela igualdade. Pela justiça. Pelos direitos. Pela democracia. Pela inocência dos injustiçados. Pela punição aos “vilões” (ei, será que existem mesmo vilões? Tipo aqueles de filmes? O mundo é realmente assim, maniqueísta? Pense nisso).

Acreditar é importante. Questionar, mais ainda.
Ler é importante. Ler opiniões contrárias para então moldar a sua, mais ainda.

Não caia no conto do vigário. Não repita discursos ensaiados. Leia o subtexto. Entenda as entrelinhas.
Faça perguntas.

Ei, tudo bem se você não pensar como os seus pais. Ou seus professores, sua melhor amiga, seu namorado. Isso é normal. E não tem problema se você não quiser brigar, discutir, argumentar. Se você quiser? Ok também. É seu direito. Assim como é dever deles respeitarem o que se passa aí, na sua cabeça.

Não desista de pensar, de tentar entender, de olhar a situação sob outro ponto de vista. Olha só, ela tem muitos ângulos diferentes, muitos mesmo. Saia da caixa. Reflita: quais são os seus problemas? E os dos outros? Quais são os seus privilégios? E os dos outros?

É muito importante que a gente cobre, de verdade, de cada um que ontem comemorou o fato histórico que aconteceu em nosso país (tenha você soltado fogos ou lamentado), uma real atenção e engajamento com relação ao que vem por aí. Se é pra lutar, que continuem lutando. Porque não acabou, aliás, está só começando… sabemos disso.

Queremos cultura, queremos direitos humanos, queremos mulheres, queremos negros, queremos pobres, queremos gays, queremos representatividade. Isso só pra começo de conversa.

Lembre-se: luta é tatuagem. Se chover, ela não sai.

Pois bem, choveu. Ainda bem que luta não sai com água.