você está lendo Se jogue em sua curiosidade

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Hoje eu vou te dar um conselho: meta as caras. Isso mesmo, vá com tudo! Se a curiosidade apertar, siga em frente e procure saber mais, pesquisar, falar, comentar, conversar, discutir. Dê sua opinião, ouça a opinião dos outros, aprenda o que você sempre sonhou em aprender. Você tem suas próprias teorias? Tem internet? Tem televisão? Gosta de ler? Pode sair nas ruas da sua cidade livremente? Agora o mais importante: tem vontade de fazer tudo isso? Então faça. E com o olhar curioso de uma criança.

Sabe quando um pequenino acaba de aprender a ler e procura juntar as letras de cada frase que aparece nos muros pela cidade? Seja como ele. Preste atenção em tudo! Não se acanhe, não tenha vergonha. Você pode (e deve) fazer tudo isso. Fale para toda a plateia. Que eles ouçam a sua voz. Ligue o microfone! Deixe o som sair da caixa – bem alto. Fale o que conseguir, o que vier à cabeça, o que tiver de ser falado. Errou a frase? Comece do início. Se imponha, se disponha, volte atrás, reconheça o erro. Saiba ouvir o outro lado, saiba entender cada ponto e contraponto. Saiba correr atrás!

Os livros de História e Geografia vão te ensinar muito, mas todo o resto da vida (principalmente as experiências práticas) também. Clicar no artigo maluco de teorias da revista de curiosidades não é perda de tempo, não. Assistir àquele programa sobre civilizações antigas não é má ideia. A revista sobre o tipo de assunto que só você gosta não vai servir apenas para te deixar acordada a noite inteira (e ainda render umas olheiras). Veja, cada artigo presente naquelas páginas pode te dar novas ideias, trazer conhecimento, te fazer imaginar um milhão de novas possibilidades. Bagagem. Tudo é bagagem.

Quer um exemplo radical? Os programas de auditório. Veja bem, eles podem parecer um tanto estranhos, com brincadeiras malucas, conversas sem pé nem cabeça, convidados louquinhos por holofote. Mas assisti-los pelo menos uma vez não é quase como uma experiência antropológica? Então anote. Anote comportamentos, anote o que acha engraçado, anote as características que só você vê. Entendeu onde quero chegar? Até isso pode virar mais uma página em seu mapa de vivências.

Lembra daquele caderninho enfeitado que você comprou outro dia desses? Perca o dó. Use-o sem medo, faça dele o guia de tudo que você vê, ouve e aprende. Escreva, escreva e escreva. O que seus olhos veem, seus ouvidos escutam e seus sentidos captam podem transformar o mundo qualquer dia desses. Podem transformar a sua vida, guiar sua futura carreira, abrir as portas dos seus sonhos.

E o mais importante, anote logo no início: faça. Tudo junto, meio misturado, até bagunçado. Ou, bem, tá certo, um pouquinho de organização pode ser útil. Então, ao mesmo tempo ou em momentos diferentes, isso é você quem vai julgar. Mas tente fazer um pouco de cada coisa! Sem preconceitos, sem se delimitar por áreas específicas, sem delimitar canais. Não congele no tempo, não escolha somente uma fonte de informação, não aceite só a opinião daquele colunista, não fique presa aos compartilhamentos de somente uma página que você julgue boa. Procure por outras, procure por tudo. Não caia no óbvio, não caia na opinião de uma maioria, não caia em suas próprias convicções sem procurar por outras, não caia no de sempre. Não caia. E se jogue.