Muita coisa pode acontecer em 7 anos. Foi o que pensei quando me dei conta de que já estamos em novembro, o mês de aniversário do nosso Depois Dos Quinze. A história de como esse blog nasceu não é novidade para ninguém: vira e mexe, em alguma entrevista, volto no tempo pra lembrar da madrugada em que eu estava entediada na frente do computador e decidi criar um blog pra desabafar sobre as coisas que eu não conseguia conversar com mais ninguém.
Em 2008, lá do interior de Minas Gerais, minha perspectiva do mundo era bem diferente e de alguma forma eu sentia que precisava fazer parte dele, mesmo morando em uma cidade tão pequena. O Depois Dos Quinze me deu voz, me deu oportunidades e uma carreira incrível. Não foi uma trajetória fácil porque eu ainda era uma adolescente e não tinha experiência nenhuma, mas tenho muito orgulho de todas as pequenas e grandes escolhas que fiz ao longo do caminho.
Acho que o segredo é justamente esse: em 7 anos, escrevi a história de como a minha vida se transformou e isso só foi possível porque vocês estavam aí do outro lado. Mesmo longe, crescemos, passamos pelas fases mais intensas da vida e compartilhamos experiências reais. Isso é algo muito valioso e raro na internet. Por isso é tão importante celebrar e relembrar. Somos uma família. Eu, a equipe e todo mundo que acessa o Depois Dos Quinze diariamente.
A única coisa que posso dizer é: obrigada!
E, para começar a série especial de posts de aniversário, eu e equipe do blog contamos um pouquinho como a nossa vida era lá em 2008.
Coloquei Diwali pra trocar porque nenhuma outra banda no universo me lembra tanto aquela época quanto essa. Em 2008 eu estava vivendo meu último ano no ensino fundamental e enfrentando a pressão do cursinho para conseguir passar no CEFET. O que mais me fazia chorar (de raiva!) era o fato do meu irmão sempre querer ficar mais tempo que eu no único computador da casa. Foi o ano em que me apaixonei de verdade pela primeira vez. Aos 14 anos eu vivia grudada com minhas duas melhores amigas e não saia de casa sem uma câmera pra fotografar tudo. Meu maior sonho era ter um cachorrinho de estimação e parar de usar óculos.
Eu estava no primeiro colegial e, ah, como me sentia madura por ter entrado no Ensino Médio! Lembro que, logo no início do ano, minhas amigas e eu fizemos uma reunião e conversamos sobre nossas expectativas para 2008 e tudo que achávamos que ele teria de legal. E, realmente, foi um ano muito bacana. É claro que tem vários detalhes que sumiram da minha cabeça, confesso! Mas, por outro lado, me lembro muito bem de muitas tardes de sorvete, de ficar à toa na comunidade da Capricho no Orkut, de recortar e fazer colagens das minhas matérias favoritas das revistas… Além de escrever alguns textos na internet, assistir a filmes e tirar muuuitas fotos com as minhas amigas. Foi uma época tão legal!
Um marco na minha vida – por vários motivos. Era o meu último ano no colegial (volta, tempo!) e dá pra imaginar como a minha cabeça estava naquele momento. Passei boa parte do ano pensando em faculdades e sabia que, a partir dali, nada seria como antes. Eu e meus amigos teríamos que seguir caminhos diferentes. Foi em 2008 também que comecei a me importar cada vez menos com a opinião dos outros e aceitar o meu real eu. Lembro de um conselho que recebi na época: “seja verdadeiro com quem você é”. Levo isso comigo até hoje! Se eu pudesse voltar no tempo, sem dúvidas reviveria o fim do terceirão: as despedidas, o último dia de aula, o baile de formatura… Que saudade!
O primeiro ano do resto da minha vida. Eu tinha acabado de me formar no colégio e, finalmente, conseguido realizar o sonho de voltar a morar na minha cidade, São Paulo. Não passei na faculdade de artes cênicas, mas passei em jornalismo. Bem ali, na Avenida Paulista. Fui morar sozinha (bom, mais ou menos – era um pensionato), fiz 18 anos, virei universitária, fui a mil festas, conheci uma tonelada de pessoas e lugares diferentes (tipo o meu melhor amigo do mundo), andei de lá pra cá pelo endereço mais famoso de São Paulo tantas vezes que nem sei e, bom, dei o pontapé inicial na série de acontecimentos que fariam de mim o que sou hoje. Muito amor a você, 2008: o primeiro ano da minha juventude.
E você, lembra de como era sua vida em 2008? Quer participar da brincadeira também? Então deixe seu comentário nesse post + o link de alguma rede social. Os comentários mais criativos vão aparecer num próximo post aqui do blog!
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