você está lendo Se eu sobreviver a esse ano + votação

bruna-vieira-san-diego

Não vou mentir pra vocês: esse ano tem sido uma verdadeira montanha-russa na minha vida. Eu jamais imaginei que tanta coisa importante e decisiva aconteceria num intervalo de tempo tão curto. Isso não é uma reclamação, muito pelo contrário, sinto que preciso compartilhar esse sentimento exatamente como eu fazia quando era mais nova e tinha um diário cheiroso com páginas coloridas. Colocar o que sentimos no papel no final das contas é o melhor jeito de descobrirmos quem realmente somos e o que queremos. Nem sempre sobra coragem pra fazer isso. Decidi que hoje seria um daqueles dias em que eu não me julgarei tanto ou me importaria tanto com a opinião das pessoas. Elas não pagam minha conta (diretamente) afinal.

2014 tem me ensinado muitas coisas. Na base da pancada e do carinho. Penso que tudo isso pode ser um teste, sabe? Daqueles que nos mostram o que realmente conseguimos aguentar e se realmente merecemos as coisas boas que estão por vir. Alguns dias desse ano foram terríveis pra mim. Eu só conseguia chorar, olhar pra cima e perguntar porque diabos eu fui a escolhida pra lidar com tanta coisa. Eu não me sentia boa o suficiente. Não sabia se conseguiria enfrentar todos os pequenos obstáculos que a vida que eu sonhei me obrigava a pular. Droga. Eu me sentia tão sozinha mesmo rodeada por pessoas que me amavam e repetiam o tempo todo que eu era incrível. As responsabilidades e os prazos não me deixavam fazer nada além de pensar num monte de besteiras que só me deixavam mais paranóica. Minha vida pessoal tava uma bagunça e eu tinha medo de arrumar. Não queria pedir ajuda porque é uma droga mostrar o quanto somos sensíveis. Gosto de ser durona. De fazer piada com o que dói até parar de doer ou ao menos surgir algo pior. É um jeito de encarar as coisas também, né? Mas uma hora a vida cobra.

Tenho pra mim que não vale a pena compartilhar desgosto. Pelo menos não quando o ciclo não terminou e nós não temos algo de bom pra falar a respeito. De notícia ruim e lamentação o mundo tá cheio, então minha meta era passar uma mensagem boa mesmo quando tudo tava uma droga. Até entender porque tava uma droga. Fui me dando conta que a cada coisa ruim, surgia uma nova possibilidade para outras três boas se tornarem realidade. Bastava não se prender ao pior pensamento – é bonitinho escrito assim, simples, mas colocar em prática é tão duro. Como é gostoso pensar naquele antigo trauma só pra saber se ainda nos assombra. Buscar notícias daquela pessoa só pra saber se ela ainda mexe com a gente. Ler os comentários de uma galera que só conhece 10% de quem somos e acha que sabe exatamente o que deveríamos fazer da nossa vida.

Respira. Conta até dez. Abre o rascunho e escreve um novo post.

Pois bem, cá estou eu então pra falar sobre uma coisa boa. Nem sei se ainda tenho o direito de pedir algo já que vocês tem sido tão incríveis comigo, mas vou compartilhar a notícia e deixar o convite pra quem estiver afim de ajudar. Estamos concorrendo em três categorias diferentes no Capricho Awards 2014: melhor blog, melhor capa de revista e melhor livro. Sei que tô na disputa com uma galera incrível que eu também adoro, mas seria maravilhoso terminar 2014 com mais essas conquistas. Prometo que se eu sobreviver a esse ano muito louco trabalharei duro pra merecer tanto carinho e admiração. Vocês vivem dizendo que eu ajudo muito com os meus textos e vídeos, mas na verdade é vocês que me salvam da solidão e me fazem entender um montão de coisas da minha vida. Obrigada por terem mudado tudo e me ajudado a realizar tantos sonhos. Amo vocês!