você está lendo A maturidade não cai do céu

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Na minha adolescência, esperei ansiosamente pelos 18 anos. Não iria fazer festa, uma viagem, ou algo do tipo. Apenas queria chegar logo na fase da vida em que viramos independentes. Sempre fui uma menina pra frente, de me virar em certos momentos sem precisar da minha mãe, graças à educação que ela me deu. Acho que foi por isso que desde tão cedo pensei em me “libertar” desse título de menor de idade.

Os 18 anos chegaram e, diferentemente do que pensava, eles não mudaram a minha vida num clique. Continuei morando com a minha mãe e entrei na faculdade ainda com aquele pensamento de colegial. Comemorei o grande dia pedindo uma bebida alcoólica em um bar qualquer – essa foi a única mudança que pude perceber com a maioridade.

Tornar-se adulta não necessariamente te transforma em mais sábia, mais inteligente, mais esperta e mais experiente. Na verdade, é como um dia como outro qualquer. Mas, como já dizia o Tio Ben, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”, nossos deveres se tornam bem maiores do que antes.

Muitas pessoas encaram os deveres da maioridade como “ter”. Ou seja, como adulta você precisa ter: carteira de motorista, carro, um par perfeito, uma casa linda, o emprego dos sonhos… Só que, de verdade, fazer 18 anos não vai te trazer tudo isso magicamente. E, para mim, felizmente.

A vida é uma construção. A cada passo que damos, aprendemos uma coisa nova. Dificilmente a maturidade cai do céu e ela não tem nada a ver com a idade que você tem. Maturidade não é “ter”, mas “ser” e é para isso que precisamos abrir nossos olhos. Ninguém se torna sábio ou independente da noite para o dia, apesar de a nossa pressa jovem ainda querer que seja dessa forma.

O que quero dizer com isso tudo é: viva cada ano da sua vida e seja sempre um aprendiz. Aproveite a idade que possui agora e saiba que para tudo há a hora certa. Quanto à maturidade, ela é o resultado do aprendizado de cada dia, um após o outro. Então, não precisa ter pressa.

Ah! E sabe a independência da qual falei mais cedo? Pois é, estou começando a descobri-la só agora, com 24 anos. E não, ainda não tenho carteira de motorista.