você está lendo 5 coisas que percebi quando fui morar sozinha

sozinha-morar
01. Porta-retratos – Nunca entendi porque as pessoas gostavam tanto de dar porta-retratos em aniversários. Acho que principalmente os adultos, né? Há alguns anos, quando abria um embrulho e me dava conta de que era um deles, dava três beijinhos na tia, agradecia e colocava em qualquer lugar. Hum. Não gostava mesmo. Agora, me dei conta, as coisas mudaram. Nessas últimos andanças pelo shopping em busca de móveis e coisas que estão faltando para o apartamento, me peguei na parte de decoração, com um ou dois deles na mão. Ok, na verdade, comprei três e, pasmem, passei horas olhando a caixa de fotografias e escolhendo qual delas ficaria exposta na estante do sala. Ah, que bonitinha. Tão dona de casa. Não exagera, vai!

Li algo esses dias sobre como a gente muda quando envelhece. Não na aparência, porque né, isso acontece com todo mundo (menos com a Avril Lavigne) e é inevitável. Era sobre como as coisas que nos nos fazem feliz mudam de acordo com o tempo. Isso sim, meus amigos, é amadurecer.

02. Cabelos por toda a parte – Meu cabelo cai para caramba. E eu só me dei conta disso porque o azulejo do banheiro novo é branco e agora só eu ando pela casa, não tem como culpar ninguém. Ok. Tudo bem. Talvez nem seja tanto assim ao ponto de precisar de um tratamento. Coloquei esse item aqui porque fiquei realmente assustada com a quantidade de cabelo que aparece na hora de varrer os cômodos. Deve ser o estresse ou a ansiedade. Sou dessas.

03. Solidão – Eu sempre gostei de ficar sozinha. Com o computador, com meus livros e músicas, enfim, com os meus pensamentos. Não sou do tipo que tem muitos amigos, sabe? Conheço todo mundo, me dou bem com a galera no geral, mas no final das contas, em uma sexta qualquer, o que eu quero mesmo é paz. Passei um tempão achando que isso era defeito. Aquelas doenças de quem não gosta de conviver com os outros. Aí parei de ser tão crítica comigo mesma e percebi que é só uma fase. De introspeção e autoconhecimento. Sem julgamentos dessa vez. Não eram as pessoas erradas, na real, nem acho que existam pessoas erradas, era só eu precisando de um tempinho para me acostumar com o mundo. O que mudou quando fui morar só? É que agora eu tenho mais espaço para isso.

04. Só duas frutas, senhorita! – É o seguinte: odeio ir no mercado sozinha. Explico: quando eu ainda morava em Leopoldina, ia mensalmente com a minha mãe. Era o nosso momento amiguinha. Falávamos sobre os garotos do colégio, a rebeldia de uma das minhas primas e coisas que a gente só conversa com a mãe. Dai agora, ir sozinha, é chato. Ando pra lá e pra cá olhando os comidinhas e nem sinto vontade de colocar coisas no carrinho (a gastrite também colaborou nessa história toda). Mas né, sou um ser vivo e como todos os outros, preciso me alimentar. Sozinha, aprendi a quantidade certa que devo comprar. Duas frutas de cada vez, para não estragar, tá?

05. Você viu…Ops pera! – Ó, eu sou meio distraída. Faço coisas pensando em outras coisas e óbvio, depois isso vira uma confusão. Onde mesmo que eu coloquei a pinça ou a escova de cabelo? Em qual caixa? em? em? Antes era só perguntar para minha mãe. O superpoder de qualquer mãe é adivinhar onde todas coisas foram parar. Pois então, agora tenho que me virar sozinha. Prestar mais atenção coisas. Não tenho ninguém para perguntar. Olho no espelho e penso: “Onde a Bruna colocaria tal coisa?”Ah, se eu soubesse…

Bom, esse foi só o primeiro mês. Devo aprender mais coisas depois. Volto e conto, tá?