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Aqui em São Paulo tenho conhecido muitas pessoas. E foi assim, no meio de um grupo de novos amigos, que me veio a vontade, talvez necessidade, de escrever esse texto. Acredito que nos últimos três meses conheci mais pessoas do que em toda minha vida.  Bem, os assuntos agora são diferentes. Os lugares que frequentamos também. É quase sempre mais divertido do que era. E acredite, essa é justamente a parte mais assustadora.

Passei grande parte da minha vida me sentindo estranha perto das pessoas que estavam ao meu redor. Desejando que a hora de ir pra casa chegasse logo. Sempre acreditei que isso era coisa minha. Uma característica daquelas que a gente carrega na alma. Vivia em fuga, buscando refúgio. Na internet, nos livros, nos filmes e às vezes, até no amor.

Não é uma questão de felicidade. Valorizo meu passado. Posso dizer que tenho boas histórias pra contar. Até as que não terminam com um final feliz – principalmente essas. Acredito muito na importância dos erros cometidos. Minha teoria é que eles acontecem para que outros ainda maiores não aconteçam no futuro. Quero dizer, hoje.

Agora penso mais antes de falar. Valorizo atitudes e levo as palavras menos a sério.

Das certezas que tenho, a mudança é a mais real. Ela vai sempre acontecer, e nem por isso deixamos de ser nós mesmos. Podemos mudar de amigos, de cidade, de profissão, de escola, enfim, de vida. Podemos  deixar de querer certas coisas que eram imprescindíveis até a última vez paramos pra pensar sobre o assunto. Podemos dar razão e perdê-la quantas vezes acharmos necessário. Podemos nos apaixonar por estranhos, e deixar de lado antigas paixões que pareciam eternas.  Só não podemos mesmo é parar de achar graça nas coisas. De enxergar um outro lado e ter sempre um bom motivo para acordar todos os dias. Seja ele um sonho, uma pessoa ou um desafio.