você está lendo Diário de Viagem: Nova York

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Essa é a segunda parte (veja a primeira aqui) de um diário que aborda minhas sensações, percepções, desejos e experiência emocionais que tive nessa viagem. Quero que com isso vocês entendam o quanto uma viagem muda nossa maneira de ver o mundo e nos proporciona momentos incríveis.

Parte II – Amizades que duram

Depois de toda aquela tensão do primeiro dia, vamos para o segundo. É incrível como no primeiro momento em que você conhece alguém, não pode imaginar a relação que vocês terão daqui algum tempo, não sabe a amizade enorme que vai crescer, não tem ideia da saudade que vai dar quando cada um voltar pro seu país.

No primeiro dia do curso de inglês conheci 3 amigos que decidi carregar pra vida toda. Uma garota brasileira, um garoto argentino e um paraguaio. Naquele momento eu achava que as amizades iam durar o tempo da viagem e que eles seriam meus colegas apenas durante um mês. Pobre de mim. Se eu soubesse que ia sentir tanta falta, teria aproveitado ainda mais cada pequeno momento e teria tirado o dobro de fotos. Fica a minha dica: simplesmente aproveite todas as pessoas que você vai conhecer pelo mundo. Cada um tem suas próprias histórias, suas manias e seus defeitos. Cada um pode te trazer uma opinião nova e deixar recordações de momentos felizes.

Na hora do almoço, estávamos do refeitório enquanto entrava uma leva de garotos simplesmente lindos. Esse foi o primeiro momento que a minha imaginação doida me deixou pensar que eu estava em um filme americano, hahaha. Meninos altos, com faixas na cabeça e roupas de basquete. Magina, jamais na minha vida vou conversar com algum deles… ainda mais com meu inglês the book is on the table, que vergonha! Pobre de mim de novo. Logo depois do almoço (com a ajuda da minha nova amiga que é a pessoa mais cara de pau que eu conheço) estávamos trocando algumas palavras enquanto brincávamos de guerra de neve. E um mês depois, no final da viagem, o Fillip (um russo incrível que faz faculdade em Nova York) estava saindo do meio de um jogo de basquete, em que ele estava jogando, pra vir até o carro dar tchau para nós, e chorar da despedida.

Mais uma coisa que vai pra lista de “aprendizados” dessa viagem. Algumas pessoas passam por nós, e outras pessoas ficam. O Joaquin (o argentino) me recebeu com o maior carinho do mundo em Buenos Aires em Junho desse ano. Comemorei meu aniversário de 20 anos com os primos dele, lavei louça na cozinha da mãe dele e fiz festinha de madrugada na casa dele com todos os seus amigos. Quando, naquele primeiro dia de aula em NY eu poderia imaginar que isso ia acontecer? Hoje a gente se fala pelo Whatsapp todos os dias, e troca fotos do nascer do sol nos dois países. O Juan (o paraguaio) também veio para o Brasil e me visitou. Jamais poderia imaginar que em alguma noite ele simplesmente estaria na porta da minha faculdade me esperando para irmos para balada.  Foi realmente muito legal recebê-lo aqui.

Então essa é minha recomendação: nas suas próximas viagens, saibam reconhecer quem vai ser só mais um e quem vai ficar guardado pra sempre apesar da distância. É claro que a resposta só vem com o tempo, mas a verdadeira amizade vai fazer vocês se reencontrarem daqui um tempo e morrerem de dar risada juntos de novo!