Renda-se

14 de setembro de 2011
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Nunca entendi o porquê de tanta intriga e de onde vem tanto prazer em falar mal das pessoas. Nunca entendi milhares de coisas que as pessoas fazem. E – não vou ser hipócrita – que eu também fiz um dia. Nunca entendi a graça de reprimir seus desejos simplesmente para não ter que passar pelos olhos impiedosos das pessoas que vivem para julgar os outros. Nunca entendi.

Parece um jogo onde falta demais ou sobra de menos. Falta algo na vida de algumas pessoas, sobram vontades na vida de outras. Parece que às vezes falta tanto que preferem encontrar nos outros, simplesmente por prazer de julgar.  Falta vida.  Até que por fim, passei a perceber, e conseqüentemente entender, que certas pessoas são assim, porque são.  Porque existem milhares de personalidades lá fora e que toda essa diferença constrói o que vivemos todos os dias.

Passei, então, a me render sem medo do que o universo alheio pode entender ou falar. Já experimentou tampar os ouvidos e seguir seu coração? Então. Renda-se às vontades, às virtudes, a você. Renda-se à chuva, ao calor. Renda-se aos sentimentos e a aquela voz intuitiva que lhe diz o que fazer e que você nunca sequer escutou. Renda-se sem se preocupar com o certo ou com o errado. Erre de coração, acerte com prazer. Se jogue na eterna dança que é viver. E sem medo nenhum de errar a coreografia.