Estrela

09 de setembro de 2011
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Não quero que esse texto seja, só mais um dos milhares que fiz pensando em nós dois. Não é justo, você mal sabe da minha existência, e eu vivo por migalhas e sobras da sua. Me mantém por perto, e não se dá o trabalho de perceber. Não chega a ser o vilão da história, mas faz sempre meio que sem querer, a mocinha, eu, sofrer. Caso você ainda não saiba, as melhores histórias de amor não são assim.

Se você soubesse. Fico tão cansada às vezes. Chego da aula e desabo no sofá. Acho que de alguma forma, amar você me cansa. Dá um trabalho esconder todas as emoções contraditórias, confusas, incertas,  somá-las, e depois, dividi-las, sozinha aqui nesse quarto escuro.  Por que diabos a outra parte do meu amor foi se esconder logo em você? Quando te olho nos olhos, me faz parecer invisível. Talvez eu tenha algum tipo de super poder quando estou perto de ti, ou você seja só desatento. Tomara.

Penso que, quando eu estiver pronta pra dizer tudo isso, serei enfim, feliz. Não necessariamente por ter você, mas por ao menos poder dizer ao meu coração que tentei. Por apertar enter. Por selar a carta.  Por gritar no auto falante no meio da praça.  Por contar para os seus amigos no intervalo. Oh, Deus, quanta imaginação. Eu jamais faria isso. Sabe por que? É que eu tenho mania de guardar tudo pra mim. Até os meus próprios sentimentos.

Confesso que me sinto suja em sentir algo tão puro. Não tenho esse direito. Você tem suas histórias. Tem suas garotas, e uma, que pelo que me falaram, você realmente gosta. Talvez sinta o mesmo que eu, e até me entenda. Quem sabe?

Agora, vou deixar o acaso brincar com o final feliz, e quem sabe, eles não se cansam de se desencontrar, saem dos meus sonhos, e fazem as pazes de vez.  Entenda meu bem, sou sua estrela, vê se não demora muito a olhar pro céu. Não sei até quando estarei aqui.