No ringue!

27 de abril de 2011
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O que resume nossas vidas senão a batalha constante com nossos atos e sentimentos?
Lutamos contra a efemeridade dos momentos, contra a preguiça, contra o espelho e também contra nossa personalidade contraditória.

Às vezes, exaustas, cedemos o terceiro round para a falta da esperança. Mas é justamente aí que entra o juiz carregando nas mãos a sua causa. E nada mais deve importar. Somente ela.

Pode ser que uma guerra tenha espaço para dois perdedores, mas nenhuma é em vão quando os ideais de um coração feliz prevalecem.

Deixe que a auto-estima seja sua assistente e não se intimide com o tamanho do problema que terá de enfrentar. Afinal, sua avó já dizia que isso não é documento, não é mesmo?

Não se prenda ao tempo: dificilmente vencemos antes do soar do alarme. Entretanto, permita-se ser salva pelo gongo e saiba quando parar.

Esteja ciente de que não sairá intacta, mas permaneça forte para conseguir levantar quando o acaso, inesperadamente, lhe golpear. Mantenha a compostura e não tome medidas radicais, mas tenha sempre um golpe na manga.

Não ignore o que vem de fora: pode parecer só ruído, mas perceba que é o mundo em movimento. Anote as dicas dos seus mais fervorosos torcedores. Mantenha clara e fixa sua visão, e depois do nocaute, agarre o prêmio e mantenha-o polido para que esteja ao seu alcance quando quiser sentir borboletas no estômago.

Mesmo perdendo, seu mérito e orgulho continuam com você.

Divirta-se e corra para o ringue!