você está lendo Uma questão de personalidade!

Já faz um certo tempo que eu to pensando sobre esse assunto, e quando isso acontece, a melhor solução – e talvez única saída do labirinto – acaba sendo sempre escrever sobre.

Considero-me uma pessoa muito observadora. Escuto sempre, bem mais que falo. Notei, que de uns tempos pra cá, tenho reparado mais nas pessoas, nas grandes e pequenas diferenças das pessoas. Isso mudou completamente minha maneira de percebe-las. Passei a admirar uma coisa que até então, não era nada mais do que apenas uma simples palavra: A personalidade.

Segundo o dicionário, a palavra significa um conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém.

Algumas situações recentes que me fizeram pensar:

Semana passada, enquanto tomava sorvete e esperava o hora do dentista chegar, ouvi na mesa ao lado, três meninas combinando de comprar o mesmo sapato (aqueles fluorescentes espalhafatosos) para uma festa do final de semana. Logo pensei:  Depois reclamam por aí que o namorado as trocou pela melhor amiga.  Usando, pensando e dizendo sempre a mesma coisa, qual seria então a diferença?

Perguntaram outro dia, se fica estranho usar coturno na escola. Em primeiro momento, pensei em responder que sim. Que coturno é uma peça pesada, e não deve ser usada no dia a dia, principalmente na escola. Mas, enquanto escrevia, imaginei uma garota com atitude e personalidade usando algo do tipo. E a peça caiu perfeitamente bem. Foi ai que percebi, que o estilo e a democracia da moda, estão ligados diretamente na maneira de ser e agir do individuo.

E o que a personalidade tem a ver com isso?

Não vou mentir. Detesto gente sem personalidade. A opinião e atitude são uma das coisas que mais valorizo em um individuo, seja ele meu namorado, minha melhor amiga ou uma pessoa qualquer que conversei cinco minutos na fila do banco.  Vejo por aí, pessoas mudando a maneira de ser e agir, para simplesmente se tornar parte de um grupo ou até mesmo o centro das atenções.

Hoje, sei que essa “máscara” é na verdade, uma defesa pessoal para que que o individuo sobreviva no meio. O medo de ser diferente nos faz ficar de fora de tudo aquilo que consideram certo. Eu particularmente, vejo essa exclusão de outra maneira. Assim como gostamos  de ser diferentes por fora, devemos gostar de ser diferentes por dentro.  A padronização é apenas uma falsa maneira de se socializar.