De novo

29 de setembro de 2010
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Noite passada eu chorei por não saber o porque de tamanha vontade de chorar. De cansaço dormi entre soluços e me levantei no outro dia sem lembrar que calei horas antes meu despertador. Atrasada.

Tudo começou e acabou da mesma maneira: Eu, minha bolsa jogada no sofá e uma tela em branco.

Descobri que tenho medo de escrever. Medo de mexer no que está oculto e fazer acordar sentimentos internos que jurava ter engolido, digerido e cuspido – em centenas de lágrimas.

Mas eu preciso, esse é o meu trabalho.

Busquei na minha última lembrança uma gota de amor e me afoguei em pequenos sentimentos aumentados pelo tempo. Senti o que chamam de saudade e tentei convencer meu coração que ele deveria traduzir tudo aquilo  para o meu cérebro em forma de palavras. De novo.

Dei um lindo fim para aquela história e terminei mais um texto de amor. Foi então que percebi que tudo aquilo não passavam de palavras imagináveis.

E então comecei a chorar por não ter mais motivos para chorar. De novo.