Livro: Veronika decide morrer

Ser diferente nunca foi tão comentado. As pessoas querem diferenciar-se da multidão, querem ser aquilo que acreditam ser o melhor, querem provar ao mundo sua capacidade. E estão completamente certas em fazê-lo. Não faltam casos de pessoas ilustres que o fizeram (quer um explico melhor que nossa Br, aqui do DDQ?). Aliás, os maiores são estes mesmos.

Não importa como: diferenciando o cabelo, o gosto musical, as roupas, as ações, os humores, as palavras; o importante é deixar esclarecer tudo aquilo que seu interior clama por atenção: seu verdadeiro Eu. Aquele que te faz feliz e realizado.

Porém, a maioria das pessoas não entende isso (especialmente os seus pais). E nem todo mundo tem essa coragem (quem por aí suporta críticas o tempo todo?). E aqueles que têm, são vítimas de deboches, piadas e constantes palavras destrutivas.

A linha tênue entre o ser “Diferente” e o ser “Normal” criada por sei-lá-quem muitas vezes é confundida com outra linha: A “Loucura” e a “Lucidez”. E afinal, o que é a Loucura?! É a incapacidade de comunicar-se com o meio e os presentes nele. Mas a Expressão não é a melhor das comunicações? Há algo errado neste conceito. Algo muito errado.

Veronika era o tipo de pessoa que tinha tudo que todos nós buscamos: Um bom emprego, independência, beleza, belos amores há todo momento, boa fama, bom espírito, boas idéias, uma família querida e harmoniosa. Uma vida perfeita. E então, no dia 11 de Novembro de 1997, Veronika decide morrer. Simples assim.

O que pode levar alguém com esse tipo de vida há tal ato?! A Loucura, muitos responderão. Mas, acredite, Veronika não era Louca.

Bem, o fato é que ela não conseguiu. E foi levada para o Hospício mais famoso da cidade, na Eslovênia, onde descobriu que, apesar de tudo, havia muitas seqüelas e que seus dias estavam contados em poucos dedos da mão, talvez dos pés. Mas que – naquele meio tempo – ela teria de ficar ali, entre os Loucos.

Para qualquer outra pessoa, isso seria motivo de desespero. Para Veronika também foi, a priori. Porém, foi ali onde ela descobriu o que havia perdido: A Vontade (e muitos motivos) para Viver. Mas já não havia tempo.

E então, como lidar com tal situação?! Se… Se… (Minha Nossa!) Um dos loucos estiver apaixonado por você?! E se esse mesmo louco for o homem mais incrível que já conhecera (mesmo com tantas experiências amorosas)?! Se os maiores e melhores amigos que encontrou fora exatamente ali, e eles sejam pessoas encantadoras, divertidas, corajosas, entre os loucos e até mesmo o Diretor do Hospício?! Se nem todos ali são realmente Loucos?! Agora não há mais tempo! O que fazer com tudo isso?! Veronika vai descobrir. E você também.

VERONIKA DECIDE MORRER é uma reflexão profunda sobre um dos nossos maiores dogmas, a loucura; sobre onde à felicidade está escondida; é uma leitura gostosa, cruel, verdadeira, crítica, apaixonada, profunda (nunca pensei que escreveria tais palavras numa mesma frase); e especialmente: É uma história surpreendente de como podemos encontrar a Felicidade mesmo nos momentos mais sombrios. E como Vale a Pena Viver, apesar de Tudo!

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“Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia.”
“As mais belas frases de amor, são ditas no silêncio de um olhar.”
“Quando se ama, não é preciso entender o que acontece lá fora, porque tudo passa a acontecer dentro de nós.”

Quem nunca ouviu alguma dessas frases numa comunidade do Orkut, no caderno da sua amiga ou naqueles livrinhos de Frases de Amore Insentivo? Pois bem, agora o que a maioria de vocês nunca ouviu: Elas são de um Brasileiro!

Paulo Coelho (autor de Veronika decide morrer) é o tipo do autor Brasileiro: precisou sair mundo afora para ser reconhecido. E conseguiu fama mundial, mas nunca chegou a ser realmente aclamado no seu próprio País. Seus livros são críticas profundas ao pessimismo e apresenta uma filosofia original que alcançou todos os nossos ouvidos, mesmo que não tenhamos percebido isso (ainda).

E como não poderia deixar de escolher um brasileiro para a sessão de livros do DDQ, que seja aquele que mais me surpreendeu: Eu não gosto de Paulo Coelho. E “Veronika Decide Morrer” está no meu TOP de livros preferidos. Agora vocês sabem porquê.

Ah Propósito! Para aqueles que gostam de filmes, uma produtora Americana lançou esse ano o filme deste mesmo livro, cujo titulo é o mesmo. Uma ótima produção, diferente das muitas que encontramos por aí baseadas em livros, que na verdade são um fracasso. Vale a pena ver Eduard, Veronika, o Diretor e todos eles no filme! Super recomendo.

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