A mala

29 de agosto de 2010
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As vezes sinto vontade de loucura, e penso, em arrumar uma pequena mala e correr para bem longe, onde todas as pessoas que me conhecem não pudessem  alcançar. Inclusive você.  Porque eu tenho medo.

Medo que você descubra que meus últimos suspiros foram de saudade, de alguém antes de você.

Medo que você me deixe antes que eu faça isso.

Que acabe antes que eu termine.

Mas,  essa sensação desaparece  toda vez que  sinto seu cheiro e lembro de tudo que passei para conseguir estar aqui, beijando você. Se quer saber, o gosto da sua boca é um dos meus sabores prediletos. Qualquer garota do mundo arrumaria a franja ao passar por você na rua, menos eu. Talvez a mágica esteja na maneira com que eu não me importava. Você era mais um dos milhares de caras que conheci na época de caloura, na verdade, você era o mais idiota.

O idiota se apaixonou pela garota, e meses depois, a garota se apaixonou pelo idiota.

Tarde demais? Quase.

Eu amo você. Porque você gosta de umas séries idiotas, escuta músicas patéticas e acha saber tudo sobre o mundo. Porque você tem um jeito de menino que precisa de carinho e uma pose de homem marrento que não aceita fazer a sobrancelha.  Porque você é mais do que o meu ombro amigo, mais do que o beijo de amor  e mais do que um sexo proibido com a porta encostada.

Porque eu sou apaixonada pelo seu sorriso, e pela  maneira com você me ama para sempre.

Você é diferente de tudo que eu costumava a sentir, então, acredito que nosso fim também deva ser assim.

Inesperado.
Sem lágrimas.

E com uma mala.

Adeus