você está lendo O plural do meu coração singular

Sempre me senti um pouco diferente, não que isso seja estranho, com o tempo percebi que isso é absolutamente normal na minha idade. É estranho saber disso. Porque eu não posso simplesmente não me importar? Eu deveria estar pensando na prova de amanhã ou em qualquer coisa que me faça sentir mais bonita. Não consigo. Meu ego é apenas um disfarce de tudo que sinto por dentro.

Desde que comecei a escrever, todas as minhas palavras tentaram descrever algo que eu ainda não tenho certeza que existe. Minha imaginação é fértil, e o meu coração também – pelo menos costumava a ser. Pessoas, simples pessoas que talvez hoje nem saibam da minha existência se tranformaram em personagens, com características, atitudes e sentimentos criados por mim. Mas, isso já não faz tanta diferença, meus sentimentos nunca duram para sempre. A história sempre acaba na metade.

Sei que quando o sentimento acaba, a pessoa continua.
Só ainda não aprendi a aceitar isso.

(Continua… Ou não)