você está lendo Calando a boca alheia

Se você tem conta no twitter, provavelmente sabe muito bem o porque desse título digamos pra lá de “mal educado”.  Infelizmente, calar a boca alheia virtualmente virou uma espécie de tendência, e o pior, pessoas acham graça disso.

Em época de copa do mundo, brasileiros tentaram calar a boca da voz que para mim, sempre significou comemoração e esperança (e olha que eu nem curto muito futebol).  Para nossa sorte, ele não calou; continuou e continua narrando jogos e partidas na Tv. Dando voz e opinião em movimentos que provavelmente a maioria de nós não entenderia.  Depois foi o Tadeu Schmidt!

Sei que alguns se manifestaram em busca de um objetivo, que em parte até concordo: A maneira com a rede globo manipula a população. Usar o nome, e calar a boca de dois profissionais “mundialmente” só mostra o quando nós  brasileiros em maior parte adolescentes, não sabemos lidar com o “a voz” que a internet nos proporciona.

Aconteceu de novo. Nessa última sexta feira (06/08) a frase “CALA A BOCA CAPRICHO” ficou nos Trending Topics do Brasil e do mundo durante várias horas, e enquanto alguns apoiavam e outros perguntavam o porque, a confusão só aumentava. O motivo? Eles publicaram uma matéria do McFLY com o título errado. Colocaram lobisomem onde só existiam vampiros. Whatever.

Nasci e cresci lendo a revista Capricho. Nunca assinei, mas em épocas passadas de não internet e muitas bonecas, passava quase todo mês na banca, em busca da revista mais chamativa da vitrine: A Capricho.

Enquanto o interior me afastada do mundo eu que eu realmente queria estar, a revista me mostrava as possibilidades. Se hoje escrevo, é porque aquelas páginas me mostraram o quanto pode ser interessante ter minha própria opinião. Amo moda, amo música, amo tendências, não curto colírios e não não me interesso muito pela vida dos famosos. Eu, não os outros, não o resto. Percebem a diferença?

É muito triste ver que as pessoas só se unem para falar ou prejudicar alguém. Enquanto campanhas sociais imploram por atenção, pessoas continuam apertando Esc.

Concordo sim, que a revista deveria abordar alguns temas de maneira diferente. Mas existe uma grande diferença entre achar isso, e fazer o que fizeram.

Acredito que o maior problema atual da humanidade seja esse, não saber lidar com o diferente. Viver olhando para o espelho é fácil demais.

Como disse a XUXA: Sou contra a censura, mas sou a favor do respeito. Fui.