18 de agosto de 2009
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O show começa por volta das seis horas, abrem-se então as cortinas dos meus olhos, o espetáculo do meu dia acaba de começar a vontade de dormir acorda comigo, e ela não é algo que um banho consiga resolver é, tenho certeza que não. Cores, sabores e aromas, eu sei que não preciso de tudo isso, mas a minha diversão diária é impressionar, é contradizer, é parecer o que não sou mas isso não importa agora, estou atrasada, e não tenho ideia de onde se encontram minhas coisas. Descuidada? pode pensar o que quiser, eu não ligo. O caminho é o mesmo de sempre, as pessoas também. Os olhares pelo caminho são a auto-confirmação de tudo, o fone está no ultimo volume e meus paços parecem acompanhar o tocar da guitarra, as ruas parecem estar mais longas hoje a bateria acabou. Os carros deveriam parar para mim, mas nem sempre isso acontece, o risco as vezes trás para o palco um pouco de adrenalina, é isso não pode faltar. O tempo esta passando, as coisas mudando e eu continuo passando por aqui onde as árvores me comprimentam e de alguma maneira sorriem ao me ver, eu sou a certeza, a certeza que o relógio ainda não parou.